O excesso de tecido adiposo aumenta a produção de muitas adipocinas
que promovem grande impacto em diversas funções corporais,
como controle da ingestão alimentar e balanço energético, sistema
imune, sensibilidade à insulina, angiogênese, pressão arterial, metabolismo
lipídico e homeostase corporal, situações estas que estão
fortemente correlacionadas com doenças cardiovasculares.
Dessa forma, melhor compreensão dos efeitos do tratamento
multidisciplinar (atividade física, nutrição, psicologia e clínica) sobre o
controle hormonal e de citocinas é um passo importante para desenvolvermos
terapias mais eficientes.
Estudos prévios demonstraram que indivíduos com alta concentração de adiponectina são menos suscetíveis a desenvolver diabetes tipo
2 em relação aos que apresentam hipoadiponectinemia. Por outro
lado, está bem documentado na literatura que os níveis séricos de adiponectina
apresentam-se reduzidos em indivíduos obesos; entretanto,
os mecanismos para essa diminuição ainda não estão claros.
Um estudo com mulheres obesas submetidas a tratamento multidisciplinar
composto por exercício físico, dieta e acompanhamento
psicológico encontrou redução de aproximadamente 10% da massa
corporal inicial. Essa redução foi associada com concentrações menores
de citocinas pró-inflamatórias, aumento de adiponectina e moléculas
de adesão vascular e aumento da resposta vascular. Os autores concluíram
então que a redução da massa corporal é um método seguro
para diminuir o estado inflamatório e modular a disfunção endotelial
dessas mulheres obesas.
A adiponectina possui várias funções biológicas. incluindo: antidiabética,
anti-inflamatória, antiangiogênica e antitumor. Essa adipocina
tem papel importante no câncer e outras patologias associadas à deficiência
no sistema imune. Recentemente, foi encontrado que pacientes
com vários tipos de câncer (gástrico, no endométrio, próstata e pulmão)
têm baixas concentrações de adiponectina sérica. Em ratos com
tumor, a administração de adiponectina marcada provocou apoptose
de células endoteliais, inibindo o crescimento de tumores.
REFERÊNCIAS:
PRADO, Wagner Luiz; LOFRANO, Mara Cristina; OYAMA, Lila Missae; DÂMASO, Ana Raimunda. Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: Implicações Práticas para a Prescrição de Exercício. Revista Brasileira de Medicina do Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009.
PRADO, Wagner Luiz; LOFRANO, Mara Cristina; OYAMA, Lila Missae; DÂMASO, Ana Raimunda. Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: Implicações Práticas para a Prescrição de Exercício. Revista Brasileira de Medicina do Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009.
http://obesidade2012.files.wordpress.com/2012/05/adipose_tissue1.png
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